Uma folha do meu tronco espasmódico espasma espasmodia até aos meus cabelos. São as chamadas convulsões periódicas da minha alma. Acontece. Da minha língua saem arroubos roubos da integridade estável que devemos ser (aos olhos dos outros). Ansiedades malaicas. Totalidade, soma de espasmos em catadupa. Palpitantes histerias até ao céu.
quinta-feira, novembro 19, 2015
Praia de Faro I
Sempre quis pertencer-te
A esse teu silêncio interior onde os sons
são mudos
Quando em ti mergulho
Sobrevoar-te balançar à superfície
E vir cá fora respirar
O quente berço de areia e a frescura
Pele de camada ondulante
Há pássaros em terra
Há pássaros livres no céu
Em ti somos livres mas de ti cheios e rodeados
Não tens fim horizonte azul
Não tens para mim fim de tarde mais bonito
Que aquele que me dás
Esse teu cheiro de criança a brincar com uma concha
Dá-me vontade de ir e não voltar
Deixar-te guiar-me para onde a maré me quiser levar.
Meu mar.
1 de Maio de 2013. Faro, Praia.
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