do Shelter, do coração abrigado por uma chuva.
Para celebrar. Celebrar o abrigo. Celebrar o calor contigo. Contigo.
Sentir o abrigo. Sentir saborear o calor contigo.
o Shelter, a música que te acompanha - para onde quer que vá há sempre uma música que me acompanha - são os orgãos em movimento no seu abrigo de mim. Os meus orgãos sentem-se abrigados em mim e não querem sair. Tirar as tripas de um abrigo animal. Não experimentes isso com ninguém. Experimenta outro abrigo em alguém.
o Shelter do teu umbigo não serve. Tens de dar o corpo todo.
Contigo. Sentigo. Abrigo. Umbigo. Partilha com alguém. Não dês a ninguém.
Este momento é um abrigo. Um momento abrigado do resto do mundo. Um mundo que não se dá a ninguém. Desabrigo. Corre para a chuva.
Não te dês a ninguém. Partilha-te com alguém. Abriga-te.
O Shelter calmo. O Shelter rabugento.
O Shelter arrogante e o shelter simpatizante contigo.
Um abrigo é uma pele segunda.
É uma mãe em vésperas de dar à luz.
É um pai numa fotografia. Contigo.
Sem mim. Só contigo. É possível estar contigo sem mim? Nesse abrigo?
O teu abrigo é um orgão em extensão com o meu. Vem até minha casa.
Foge desse abrigo para o meu vazio. O meu abrigo está vazio. O meu shelter é vazio mas quente. Sabe-me tão bem. O meu abrigo do tamanho do mundo.
O shelter é pornográfico. O abrigo porno do teu cérebro. Cérebro em abrigo perigo. Vem até minha casa. Ao meu abrigo.
O abrigo é uma mão. Tem uma mão tão grande que me apanha mesmo quando vou a correr para a chuva. A tua mão é pequena mas continua abrigada pela minha. A tua mão é um abrigo pequenino. É um abrigo bébé. É uma barriga exterior e não consegue apanhar uma bola de basket.
É um shelter pequenino o teu. O teu quarto é pequeno. O teu abrigo não tem chuva.
Chapéu de chuva. Não o dês a ninguém. Abre-o com alguém.
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