Demolições na cabeça. Tête Rouge. Demolições da na perna com bichos carpinteiros. Demolição gustativa. Demo às lições e o papa está doente.
O jogo de braço de ferro com gesso. Campeonato de gesso entre mulheres barbudas.
Concurso miss mamas molhadas. Miss teta de vaca.
Obras. Demolição. Demolição natalícia. Pai Natal velho demolidor traz buracos nas calças e lesmas em vez de prendas.
Sessão de banda desenhada aos triângulos.
Não me lembro. Eu não vi a lolita nua. Nua da Lola.
Bella Cohen e os seus collants de volúpia.
Sete anões debruçados nas cuecas da menina.
Pão no forno feito pela tia peituda.
Plástico queimado e o cheiro a doninhas porcas.
Vat.
Capitães de Outubro Rubro a beber chá de cogumelos.
5 minutos de clacissismo.
Miss nádegas roxas do ciclismo.
Pashe. É assim que se escreve? Pashe!!!! A classical word for pleasure em chinês.
Pausinhos para espetadas de coxas de bailarinos.
Homens. Usamo-los ao pescoço presos pelos dentes.
Palitos em forma de cana de açucar.
E se os dentes tivessem mais espaço entre eles?
Uma folha do meu tronco espasmódico espasma espasmodia até aos meus cabelos. São as chamadas convulsões periódicas da minha alma. Acontece. Da minha língua saem arroubos roubos da integridade estável que devemos ser (aos olhos dos outros). Ansiedades malaicas. Totalidade, soma de espasmos em catadupa. Palpitantes histerias até ao céu.
quinta-feira, agosto 24, 2006
quarta-feira, agosto 23, 2006
gargantilha
Alguns afirmaram que jamais se admirou uma garganta assim.
Usava uma gargantilha de plástico brilhante para disfarçar uma garganta alta áspera uma saliva ácida dos tempos dos chupa chups.
Saía à rua para espreitar pela garganta dos outros na busca de uma história melhor que a sua.
Nos buracos das gargantas dos outros viviam gritos asfixiados e paixões violentas presas num limbo numa morte suspensa em líquido por coagular engrossar vomitar.
O cheiro das gargantas dos outros não era diferente do da rua de baixo.
A correspondência morse entre traqueia e esófago chegava atrasada o coração batia aos solavancos tal como quando os namorados se rebolavam dentro dos carros na rua de baixo.
A sua garaganta afinal era vermelha mas já não tinha qualquer sangue.
A sua gargalhada era morna e o seu hálito quente como o dos cães.
Um dia a sua garganta ficou escancarada entre um contentor do lixo e uma janela. A boca aberta como uma dentadura de leão à venda na loja da rua de baixo.
Vieram amigos e fotógrafos.
Alguns confessaram nunca ter visto uma garganta tão bonita.
Usava uma gargantilha de plástico brilhante para disfarçar uma garganta alta áspera uma saliva ácida dos tempos dos chupa chups.
Saía à rua para espreitar pela garganta dos outros na busca de uma história melhor que a sua.
Nos buracos das gargantas dos outros viviam gritos asfixiados e paixões violentas presas num limbo numa morte suspensa em líquido por coagular engrossar vomitar.
O cheiro das gargantas dos outros não era diferente do da rua de baixo.
A correspondência morse entre traqueia e esófago chegava atrasada o coração batia aos solavancos tal como quando os namorados se rebolavam dentro dos carros na rua de baixo.
A sua garaganta afinal era vermelha mas já não tinha qualquer sangue.
A sua gargalhada era morna e o seu hálito quente como o dos cães.
Um dia a sua garganta ficou escancarada entre um contentor do lixo e uma janela. A boca aberta como uma dentadura de leão à venda na loja da rua de baixo.
Vieram amigos e fotógrafos.
Alguns confessaram nunca ter visto uma garganta tão bonita.
quarta-feira, agosto 02, 2006
Projéctil
Não tenho cabelos de capacete para impedir as vossas balas
Ou os bombardeamentos da alma
Ou os atentados internos ao coração do mundo
Não tenho o sangue frio
Das cobras
Dos ensinados a matar
Não fui preparada para chafurdar nas vossas ideologias radicais extremistas
Não sei sequer pegar numa arma
Não sei fazer de enfermeira
Não sei dar gritos de dor
Nunca vi ferimentos de bala
Não sei quanto pesa uma arma
Não sei ficar sem família
Não sei quanto pesa o remorso de um mundo em batalha
Não sei que número seria a minha bota
Não sei
Não sei
Não vi
Não entendi nunca
Não estou preparada para a guerra. Para uma guerra. Para esta guerra.
Não tenho nenhuma recordação disso no ventre da minha mãe.
Ou os bombardeamentos da alma
Ou os atentados internos ao coração do mundo
Não tenho o sangue frio
Das cobras
Dos ensinados a matar
Não fui preparada para chafurdar nas vossas ideologias radicais extremistas
Não sei sequer pegar numa arma
Não sei fazer de enfermeira
Não sei dar gritos de dor
Nunca vi ferimentos de bala
Não sei quanto pesa uma arma
Não sei ficar sem família
Não sei quanto pesa o remorso de um mundo em batalha
Não sei que número seria a minha bota
Não sei
Não sei
Não vi
Não entendi nunca
Não estou preparada para a guerra. Para uma guerra. Para esta guerra.
Não tenho nenhuma recordação disso no ventre da minha mãe.
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