Fotografia: Jeannine Trévidic
Uma folha do meu tronco espasmódico espasma espasmodia até aos meus cabelos. São as chamadas convulsões periódicas da minha alma. Acontece. Da minha língua saem arroubos roubos da integridade estável que devemos ser (aos olhos dos outros). Ansiedades malaicas. Totalidade, soma de espasmos em catadupa. Palpitantes histerias até ao céu.
quinta-feira, abril 26, 2007
terça-feira, abril 24, 2007
Dador
Vidinha mais ou menos. Sinto sempre a falta da dor para escrever. Dos dias de angústia do peito em erecção dos teus amigos em consolação e de alguns a desejarem-te só para te proteger só porque não amas ninguém e não tens espaço para alguém. Então eles querem-te mais que nunca. Eles desejam-te mais que sempre. Eles seduzem-te e tu massacras a pele mas não sentes absolutamente nada. Para escrever sinto a falta da puta dor. Era o que faltava dar erro a puta no computador.
Há uma dor bêbada quando escrevo. Sinto a falta dela porque faz com que tenha vontade de arrancar as costelas para chegar com força ao coração. Das tripas coração coração entripado estripado como jack estripador. Sinto falta do calor que vem depois de uma dor um calor dormente adormecido que me faz adormecer. Uma noite uma puta noite que vadiei batendo contra as paredes por ninguém que não vinha. Depois da dor veio uma força monstruosa e eles tiveram medo por mim. Medo por puta mim. Ri ri e ri como uma maluca e descalcei-me perante a dor. Os dedos dos pés de fora e os sapatos gastos. Para escrever tenho saudades da dor e quando tenho dor escrevo. Quando escrevo com dor quero saudade e tenho saudade da puta da felicidade.
Há uma dor bêbada quando escrevo. Sinto a falta dela porque faz com que tenha vontade de arrancar as costelas para chegar com força ao coração. Das tripas coração coração entripado estripado como jack estripador. Sinto falta do calor que vem depois de uma dor um calor dormente adormecido que me faz adormecer. Uma noite uma puta noite que vadiei batendo contra as paredes por ninguém que não vinha. Depois da dor veio uma força monstruosa e eles tiveram medo por mim. Medo por puta mim. Ri ri e ri como uma maluca e descalcei-me perante a dor. Os dedos dos pés de fora e os sapatos gastos. Para escrever tenho saudades da dor e quando tenho dor escrevo. Quando escrevo com dor quero saudade e tenho saudade da puta da felicidade.
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